Antónia Pinto foi impedida de realizar o funeral do marido porque o corpo foi trocado e cremado por engano. Antónia e Adérito estavam casados há 45 anos. O homem faleceu a 22 de fevereiro e o funeral devia ter sido realizado três dias depois.
Em janeiro, Adérito deu entrada no Hospital de São José, vítima covid-19, e desenvolveu uma broncopneumonia, que o deixou em coma induzido por alguns dias: “os médicos diziam que não ia sobreviver”, começa por explicar Antónia. A viúva adiantou ainda que marcou o funeral para o dia 25 de fevereiro, contudo as cerimónias aconteceram longe da família: “Acabei por receber as cinzas do meu marido, mas sinto-me muito revoltada”.
“Esta família vai ficar com esta dor eternamente porque não fez a despedida final” – explica Carlos do Carmo.