Tudo começa com este acontecimento, divulgado pelos meios de comunicação social no passado dia 5 de Abril: um lar de cuidados continuados, em Setúbal é obrigado a fechar portas devido a um processo de insolvência e a transferir os utentes, com idades entre os 60 e os 80 anos para outro local. Uma das utentes era Juvenália Lemas, uma idosa, com 82 anos.
Juvenália estava, há mais de um ano, naquela unidade, por indicação médica. Saiu de lá no passado dia 5 de Abril. A família considera que a idosa foi vítima de negligência e maus-tratos. As queixas seguiram para as entidades competentes, mas até agora não houve respostas.
Sílvia Lemos, a filha da idosa, afirma que “se não tivesse sedada ela queixava-se” e que tinham problemas para falar com alguma enfermeira do local. A filha refere que quando a via parecia-lhe que “ela estava bem tratada”, visto que não se chegava perto da mãe devido às medidas da pandemia.
“Fiquei sem chão” – revela a filha que nunca pensou naquilo até ver o estado de saúde da mãe. Durante 7 anos lutaram pelo seu bem-estar, foi para um sítio que estaria vigiada durante 24 horas, mas não foi isso que aconteceu.
“Isto não é um país para velhos” – Afirma Hernâni Carvalho que diz que o que aconteceu é falta de humanidade.