Há pouco mais de dois anos José Fernandes matou a mulher a tiro. Depois, pegou no filho de ambos, de apenas 9 anos, meteu-se com ele no carro e provocou um acidente.
José morreu. A criança sobreviveu, mas ficou órfã de mãe e de pai.
Ora um dos pontos mais relevantes deste caso é que o crime aconteceu no dia a seguir ao fim do julgamento em que José Fernandes respondia por violência doméstica. Só dali por 14 dias é que o arguido iria conhecer a sentença, mas, mesmo assim, ninguém protegeu Paula Alves, nem o filho de 9 anos.
E tudo porque a Justiça nunca sentiu necessidade de impor ao arguido as devidas medidas de coação.
O caso é trazido, de novo, a lume, pela Equipa de Análise Retroespectiva de Homicídios em Violência Doméstica. Trata-se de um caso paradigmático no mau sentido: aqui, tudo falhou.
Saiba tudo o que aconteceu: