Um homem, enfermeiro aposentado, foi vítima de vários processos judiciais por parte do próprio filho. E tudo porque José Pinheiro se recusou a pagar-lhe as despesas de educação. A questão é que a lei diz que até aos 25 anos, os filhos continuam a ter de ser sustentados pelos pais.
Desde 2017 que a relação entre José Pinheiro e o filho tem sido de arguido e demandante no juízo de família e menores da Covilhã. O afastamento entre os dois começou logo após a separação dos pais e foi piorando durante a adolescência do filho. Desde 2010 que José Pinheiro paga mensalmente um valor de pensão de alimentos de duzentos e cinquenta euros. Foi então a partir de 2017 que o jovem, já maior de idade, começou a exigir em Tribunal o pagamento de outras despesas com as quais nunca houve concordância. Entre várias condenações, José já foi obrigado a pagar vários milhares de euros.
“Sempre tentei transmitir ao meu filho que o esforço compensa” – José Pinheiro fala no “Linha Aberta” e ainda diz que por outro lado o facilitismo não compensa, contudo, a ex-mulher criou um mundo de facilidade para o filho.
Chegou a ganhar 4000 euros por mês e não era suficiente porque o leque de despesas era muito: dois automóveis, a sua manutenção, renda da casa e uma empregada para cuidar do filho até aos 3 anos.
“Como é que o Tribunal teve o atrevimento de reconhecer em si próprio capacidade para julgar um ato que não foi tomado lá” – Hernâni questiona Carlos Pinto do Carma ao qual ele responde que tem de existir uma relação com a sede do Tribunal. Isto porque ambos vivem em Lisboa e o caso está a ser resolvido no norte do país.
“É assim, se não pagas a bem, vais pagar a mal” – José recorda as palavras do filho, como recusou a pagar, foi processado e condenado a pagar cerca de 3000 euros.
O aproveitamento escolar do filho de José é mau, diz que teve tudo e muitas oportunidades, contudo “É um percurso erróneo”. Com toda a situação, José teve de se aposentar antecipadamente, pedir reforma porque não se sentia bem psicologicamente.
José deixa mensagem ao filho:
“Há outros caminhos. Um pai não é só para pagar, um pai é para respeitar”