‘Luísa’, uma mulher marcada por um passado violento à conta de um homem que não só lhe batia e ameaçava de morte como chegou a mantê-la presa, dentro da própria casa.
O dia em que Luísa se cansou chegou. Num sábado, o agressor não a deixou sair de casa e deu-lhe uma facada na perna. No mesmo instante, Luísa viu a fotografia da mãe e decidiu que tinha de lutar.
‘Luísa’ decidiu apresentar queixa contra o agressor. E é aqui que este caso é, demonstrativo de como a Justiça pode ser insensível, com relação às vítimas.
“Se a justiça não me protege, quem me protegerá?”
A vítima revelou que já tinha contactado a APAV e sugeriram que fosse para uma casa abrigo, mas tinha de apresentar queixa.
No início de novembro faz queixa, mas não foi a julgamento. O Ministério Público reuniu-se com Luísa para esta não ser posta frente a frente com o agressor e aceitou um acordo: 10 meses de afastamento. Contudo o estatuto de vítima tinha uma duração de 3 anos: “É como irmos ao supermercado e olhar para uma embalagem e ver que dura 3 anos”
O agressor voltou, bateu-lhe e roubou tudo o que queria. Luísa já esteve internada no Júlio de Matos duas vezes devido a todos os efeitos das agressões.
Se está a passar por uma situação semelhante, peça ajuda através dos seguintes contactos:
SNS 24 – 808 24 24 24
APAV | Associação Portuguesa de Apoio à Vítima – 116 006