Ficou viúva aos 29 anos e grávida de 5 meses, um ano depois juntou-se ao amigo do marido que estava com ele quando morreu. Mónica Gonçalves acabaria por ser vítima de violência doméstica e tudo piorou quando a religião do novo companheiro se terá metido entre eles.
A vítima recorda a primeira agressão, dois anos depois do início da relação: “apertou-me o pescoço, fez o que quis”. Durante os 16 anos que estiveram juntos, ultimamente só lhe batia em partes que não eram visíveis na rua. Contudo Mónica apercebe-se que na religião do companheiro a união de facto não era muito bem aceite e este insistia muito no casamento. Eram tantas as vezes que este homem forçava o casamento que Mónica cedeu e em julho do ano passado aconteceu.
A 12 de novembro, Mónica Gonçalves fugiu de casa com as filhas depois de uma sequência de agressões violências: “As minhas filhas não têm que assistir ao que ele me fazia, enquanto ele não fez na frente delas eu fui suportando”.
Este homem acabou por ser detido, presente a juiz ficando com uma ordem de afastamento e pulseira eletrónica. Em abril Mónica voltou para casa e diz: “Como é que eu ia viver numa casa com as minhas duas filhas nas condições que ele me deixou?”, sentiu-se angustiada e triste.
“Eu sei que o inferno vai continuar”
“Não bebe, não fuma, não tem vícios conhecidos, mas agarrado ao argumento da religião desgraçou a vida a esta mulher” – Afirma Hernâni Carvalho sobre este caso de violência doméstica.
Se está a passar por uma situação semelhante, peça ajuda através dos seguintes contactos:
SNS 24 – 808 24 24 24
APAV | Associação Portuguesa de Apoio à Vítima – 116 006