Fernanda Baltazar foi condenada em 2018, a 17 anos de prisão. A partir daqui, entre recursos e burocracias, Fernanda Baltazar atinge o limite máximo que um preso pode estar em preventiva. É libertada e foge.
Quando em Março de 2021, o Supremo Tribunal confirma os 17 anos de pena, já a arguida está longe.
As autoridades emitem um mandado de captura, mas foi preciso mais de um ano para darem com ela em Cabo Verde, onde vivia de expedientes e pequenos ilícitos criminais. Ficou detida. Desde então, e já se passaram quase 6 meses, ainda não foi extraditada para Portugal, com vista ao cumprimento da pena por homicídio.
Carlos Pinto do Carmo, Jurista/Antigo Coordenador de Investigação da PJ, e Maria Cunha Louro, psicóloga forense, traçam o perfil desta mulher e analisam o que a faz querer cumprir a pena em Cabo Verde:
Recorde a história do crime
Fernanda Baltazar, professora, actuamente, com 42 anos, matou o noivo, em Lisboa, na véspera do Natal de 2016. Primeiro, misturou-lhe soporíferos na bebida, deixou que Hugo Oliveira adormecesse e,a seguir, espalhou vários quilos de gelo seco pelo corpo dele ateando-lhe fogo.
Fernanda Baltazar acabaria por ser detida seis dias depois, alegadamente, em casa dos pais, em Vila Nova de Gaia. O julgamento começaria dois anos após o crime. A arguida defendeu-se sempre com a tese de um pacto de suicídio que não convenceu o tribunal.