António da Silva sofreu um acidente de trabalho, no passado dia 1 de abril, que mudou por completo e de forma irremediável a vida da sua família inteira. Ao que tudo indica no dia do acidente, António estaria “em pé com os pés em cima dos ombros do patrão”, desequilibrou-se, “caiu desamparado e bateu com a cabeça no chão”.
António foi transportado para o Hospital, ocorreu uma primeira cirurgia onde lhe tiraram metade do crânio e ficou em coma três semanas: “Está, praticamente, em estado vegetativo. Alimenta-se através de uma sonda, funciona tudo menos a cabeça”. No dia 22 de junho, ou seja, cerca de dois meses e meio depois do acidente, António da Silva é transferido do Hospital de S. João, para uma unidade de cuidados continuados.
Contudo, a transferência foi feita sem o conhecimento da família que se viu, de um momento para o outro, com uma mensalidade bem alta para pagar: “Pagamos mais de 400 euros mensais e não temos apoios. A Seguradora descartou-se porque considera que houve negligência por parte do meu pai e do patrão dele”.