Vinte seis idosos viviam num lar com cinco quartos e cerca de uma dezena de utentes vivia numa garagem de uma moradia, localizada na Ericeira. Ao que tudo indica, vários idosos terão sido negligenciados e maltratados e segundo parece, o lar, ilegal, continua aberto.
Leopoldina Primor deu entrada na instituição em fevereiro de 2020, escassas semanas antes do país fechar, por via da Covid-19. Durante 26 meses, a neta só a viu através de videochamada. Até que, há cerca de um mês foi alertada que a avó ia a caminho do Hospital. O estado de Leopoldina Primor, atualmente, com 87 anos, é de tal modo sério que ela continua internada.
Mónica Paulo fez queixa às autoridades no dia 17 de maio por alegados maus-tratos e negligência: “Ela diz que em 26 meses nunca escovou os dentes no lar, os banhos eram quinzenais”.
“A minha avó tinha fungos na zona vaginal, estava desidratada e caminhava para uma septicémia”
O Linha Aberta pediu declarações à proprietária do lar na Ericeira, Marina Sousa, e esta esclareceu que “não é nenhum lar, era uma moradia que tinha idosos e agora vive lá a minha irmã” e ainda referiu que fechou em 2021 e que não estão lá idosos, neste momento.