Carlos Martinho aos 17 anos é que soube o valor de um sorriso quando se deparou na cama do hospital.
Praticou vários desportos mas o que mais gostava era andebol “Foi paixão há primeira vista”, queria ser jogador de andebol profissional.
Os sintomas da doença começaram com umas dores de garganta que pensou ser uma amigdalite, sentia-se cansado, mas não estranhou porque associava aos treinos. Levou uma injeção de penicilina o que fez acelerar o processo.
“Eu achava que era imortal” – Carlos foi para o hospital depois do torneio e chegou a cuspir sangue.
Depois de uma noite com os amigos, Carlos foi novamente para o hospital. Quando acordou, a médica chamou-o para lhe dar o diagnóstico da Leucemia e Carlos riu-se sem saber o que era aquela doença.
“Tem cura?” Ao qual a médica respondeu positivamente e Carlos disse: “Ótimo que eu tenho um jogo às seis da tarde, tenho é que me despachar” Foi aqui que percebeu que era algo mais grave
Nádia Martinho, a mãe, estava a quase 400 quilómetros de distância do filho quando tudo aconteceu.
Nádia recorda as palavras do filho quando chegou perto dele na sala de tratamento: “Desculpa mãe, eu devia ter acredita em ti” . A mãe não queria que Carlos fosse ao torneio devido ao estado de saúde na altura.
Carlos teve de ser posto em coma no IPO do Porto para fazer um tratamento de quimioterapia no cérebro. Ele não gostava da sua imagem e a primeira vez que se viu, na tela do computador, assustou-se e não se reconheceu sem cabelo e inchado: “O meu braço era do tamanho do meu pulso”.
A mãe lutou muito para que o filho melhorasse e insistiu para que ele se levantasse todos os dias da cama para que os músculos funcionassem.
“Foi praticamente morrer na praia” – estava a uma semana e pouco de ir para casa , Carlos sofreu uma grave infeção já no IPO de Lisboa
“A sépsis associou-se à leucemia, juntaram-se os dois à esquina e fizeram uma festa durante 48 horas no corpo dele.”
Foi transferido para o Hospital Dona Estefânia, entrou num estado critico e sofreu 8 paragens cardíacas durante o segundo coma. Devido ao coma teve necrose nos dois pés, perdeu 4 dedos e voltaram ao IPO de Lisboa.
“Há males que vêm por bem”, foi então que o milagre aconteceu. Veja tudo no vídeo.