O “sexting”, ou seja, a partilha de mensagens ou imagens de cariz sexual em plataformas digitais tornou-se uma prática comum entre as camadas mais jovens, e não só. O problema é quando este tipo de partilhas se torna público sem o consentimento dos protagonistas e se traduz numa devassa da vida privada. Infelizmente, a tendência tem vindo a agravar-se. A apropriação indevida e partilha de imagens de cariz sexual sem permissão do próprio é crime e é punível com pena de prisão até dois anos.
Inês Marinho tem 24 anos e nunca pensou ver a sua intimidade exposta na internet. Aos 15 anos a jovem viu as suas fotografias em bikini a serem partilhadas num grupo nas redes sociais, Inês não se importou muito porque não iam encontrar imagens mais intimas, então continuou a postar: “Não ia deixar de ser livre”.
Aos 21 anos as coisas pioraram quando Inês recebe uma mensagem de um colega a dizer que tinha um vídeo íntimo da jovem e que estava a ser partilhado. Apresentou queixa e falou com a família: “Não me senti humilhada, senti-me exposta”.
Associação “Não partilhes” criada por Inês Marinho que começou com um movimento no seguimento de “ter sido sobrevivente de um destes crimes”. A associação promove palestras para consciencializar o público para crimes de partilhas indevidas.
Outras história em JÚLIA