Matilde sempre foi uma menina doce e meiga, mas na pré-adolescência tudo mudou quando foi abusada sexualmente por um familiar próximo. A alegria deu lugar à angústia, ao medo e à revolta.
A jovem tinha apenas 11 anos quando se começou a automutilar e, ao longo da adolescência, tentou acabar com a própria vida várias vezes. Chegou a tomar 150 comprimidos e a atirar-se do segundo andar da casa dos avós. “Foram tentativas de suicídio de 15 em 15 dias, durante 5 anos”, relatou a mãe.
Recentemente, Matilde foi diagnosticada com Transtorno de Personalidade Borderline e passou por inúmeros internamentos compulsivos, de onde acabou por sair sem andar, sem comer e sem falar.
“QUE SERVIÇO NACIONAL É QUE NÓS TEMOS? TENHO VERGONHA DE SER PORTUGUESA!”
A falta de ajudas do governo português e a carência de apoio a menores com doenças mentais, levaram Carla a procurar uma solução no estrangeiro: “Ela, agora, está num sítio com as melhores referências”.
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