Mestre do improviso e um dos mais populares e porventura o mais intergeracional humorista nacional. César Mourão, num registo muito próprio, de enorme ligação com o público, há muito que delimitou o seu espaço humorístico, o qual tem vindo a alargar fronteiras. Lip Sync Portugal, Terra Nossa e A Máscara são alguns dos projetos televisivos em que participou nos últimos dois anos.
Todavia, talvez Esperança seja o feito mais extraordinário do biénio que cabe julgar na edição das bodas de prata dos Globos de Ouro. Longe do improviso, que tão bem domina, o ator dá vida, corpo e carisma a Esperança, uma idosa que Mourão tinha criado para o teatro e que deu agora o salto para a televisão, pela mão da Opto. Considera-o o trabalho mais duro que já fez. Três horas de transformação diária para recriar a persona, com recurso a próteses faciais que fariam a inveja de Tom Cruise em qualquer uma das suas missões impossíveis, e o resultado é uma adorável, mas destemida senhora de oitenta anos. Qualquer semelhança entre Esperança e César Mourão é pura… arte.
Por tudo isto e muito mais, o conhecido rosto da SIC, que estava na corrida ao Globo de Ouro Personalidade do Ano na categoria de Humor, que perdeu para Ricardo Araújo Pereira, foi surpreendido com a atribuição de um Prémio Especial que assinala o 25.º aniversário da Gala do Ano. Um galardão entregue por Dânia Neto e Rui Unas.
VEJA O VÍDEO: