É a altura da vindima na Quinta Chão da Serra. Entre a bela paisagem decorada pelas vinhas, vemos os trabalhadores a colherem as uvas. Sentimos, nas suas expressões, a dureza do trabalho, mas também a alegria e boa disposição que os une.
Os cestos das uvas são carregados para o lagar sob o olhar atento de Margarida, que verifica se está tudo pronto para a pisa. Luís prova as uvas e Eduardo abre uma garrafa de vinho para acompanhar os petiscos, que estão sob uma mesa corrida. Sebastião, que também ali está, vai petiscando sob o olhar carinhoso de Natália.
Na cozinha da quinta, Leonor limpa as lágrimas quando Fernando entra, tentando disfarçar a sua tristeza. O patrão é rude e diz-lhe que já sabe o que aconteceu e que vão pagar-lhe tudo aquilo a que teria direito, pois nunca mais a quer perto da sua família. Leonor assente, dizendo que se vai embora.
Vemos as carrinhas com os trabalhadores da quinta a abandonarem o local. Têm uma expressão cansada, mas, ao mesmo tempo, satisfeita e feliz. É o fim das vindimas.
Está tudo em silêncio. A quinta parece estar vazia, mas, de repente, ouve-se um tiro.
Na adega, sob um ambiente soturno, Leonor foge, temendo pela vida, entre os cascos do vinho, mas acaba por tropeçar numa mangueira, partindo o tornozelo. Leonor rasteja, enquanto geme de dores, para alcançar a sua mala. Ouvem-se passos, a correr, na direção dela e um tiro de caçadeira a ser disparado.
Catarina sai, apenas com uma mochila às costas, e não vê ninguém à sua espera. De repente ouve-se a buzina de uma carrinha velha que traz Tozé, ao volante, e Vera e Marta ao lado. Catarina sorri, ao ver os irmãos, que saem a correr para a abraçar. Tozé culpa-se pela prisão da irmã, mas Catarina desvaloriza e pergunta se já há novidades da mãe. O irmão diz-lhe que a polícia continua a argumentar que Leonor desapareceu por vontade própria.
Na quinta, e no meio dos preparativos para a sua festa, Fernando expressa preocupação por Vasco estar no mar com um tempo tão mau. Vitória está mais preocupada em saber quem será o seu sucessor na Quinta Chão da Serra e Caetana comenta, sarcástica, que tem a certeza que Vasco será o eleito.
Na sala de provas, Eduardo dá a provar a Luís Maria um moscatel com 40 anos, que será o seu presente para o sogro, uma garrafa especialmente feita para homenagear a sua vida e obra. Vitória diz-lhes que o pai ainda não escolheu um sucessor ou, se o fez, ainda não lhe disse quem era.
Catarina entra na sala e depara-se com um cartaz que as irmãs lhe fizeram a desejar as boas-vindas a casa. Catarina fica muito sentida e vai abraçar as irmãs pedindo depois a Tozé que saia com ela.
Vasco chega a terra e abraça Fernando, que o espera no pontão. O avô fica feliz por vê-lo, mas perde o ânimo quando o neto lhe diz que não pretende ficar muito tempo pois não aguenta estar perto da família por longos períodos.
Fernando e Vasco já chegaram à Quinta Chão da Serra e, ainda no carro, Fernando pergunta ao neto quem é que ele acha que devia escolher para seu sucessor. Vasco é direto e diz ao avô que deve escolher quem achar mais acertado sem estar preocupado com o que os outros pensam pois, a seu ver, eles vão todos comer-se uns aos outros.
Os preparativos avançam a toda a velocidade, quando Fernando e Vasco chegam. Vitória e Eduardo não ficam propriamente entusiasmados por ver o filho. Madalena chega e cumprimenta Vasco, que lhe pergunta pelo primo Ricardo, mas Madalena diz que ele não deve aparecer. Sebastião chega, carregando uma caixa de vinho, e cumprimenta o primo com entusiasmo.
Catarina e Tozé procuram o pai, pela vila. Cremilde vê-os e pergunta se não são os filhos de Leonor, mas Tozé mente e diz que apenas ele é filho, Catarina é uma amiga que está a ajudar a família. Cremilde conta-lhes que o carro que está a ser rebocado pela GNP era de uma enóloga da quinta, que também se despediu e desapareceu, na mesma altura que Leonor.
Fernando vai andando pela adega quando Vasco o avista e chama por ele. O velho Torres ainda olha para o neto, mas sente uma tontura e leva a mão ao peito, mesmo antes de cair, desamparado. Vasco corre, em seu auxílio, mas será que ainda vai chegar a tempo de o salvar?
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