Dinis, tinha 7 anos, quando a mãe perdeu a vida nos incêndios de Pedrogão Grande e foi à Casa Feliz deixar o seu testemunho.
“No primeiro ano sentia-me mal sempre que via uma pessoa a sorrir” – revela Dinis, afirmando que depois do incêndio viveu algum tempo isolado sem conseguir falar com ninguém.
“Valorizem as vossas mães, elas não estão aqui para sempre”
Dinis explica que inventou uma máquina para viajar no tempo porque se o fizesse “talvez conseguisse parar o que tinha acontecido” e salvar a mãe.
Ana Costa, a tia de Dinis, revela que era a tia ‘maluca’ e de repente teve “de passar a ser mãe”. Explica que não teve tempo de viver o seu luto, devido ao facto de ter uma criança ao seu encargo mas revela: “O Dinis é o filho que sempre quisemos ter”.
Dinis assume que depois do sucedido, passou a valorizar mais as mães e quando um colega chega à escola chateado com a sua mãe o jovem pensa: “Quem me dera ter aqui a minha mãe para me meter de castigo e me ralhar”.