Relação durou 7 meses e mesmo depois de terminar não teve paz. Podemos observar a situação com a seguinte linha cronológica.
A 22 de dezembro o casal já não estava junto, a relação era violenta. A porteira do prédio onde eles viviam deu o alerta, ouviu gritos e coisas a partir. Viu a vítima a sair com o ex-companheiro e ferida na cara. Quando a PSP chegou o casal já não se encontrava no prédio e tomou notas do acontecimento.
No dia 3 de março a vítima vai às autoridades, mais propriamente, à Casa Pilar, um lugar reservado para denuncias de casos de violência doméstica. Revelou que terminou a relação em novembro de 2021 e a muito custo queria que o companheiro saísse de casa porque este a agredia, humilhava e a perseguia no trabalho.
A relação termina, mas o pesadelo não, o companheiro continua com a perseguição mas sem retorno da parte da vítima chegando a ameaças de morte com papéis no carro a dizer “se não és minha não és de mais ninguém”.
A 18 de março a vítima recebe teleassistência e a 27 de março aciona botão de pânico porque o companheiro vem para lhe partir o carro, mas os vizinhos conseguiram que ele se fosse embora. Contudo este veio mais tarde para ameaçar a vítima, chamaram a polícia e a partir daí já não conseguiu fugir às autoridades.
Só nesta altura é que a mulher confessou que já se tinha dirigido ao hospital, que tinha sido agredida pelo companheiro, pontapeada nas costas, mas que tinha mentido da última vez ao dizer que foi um acidente doméstico por ter medo de fazer denúncia.
“Todas as árvores têm florestas doentes”