Um jovem de 25 anos manteve-se em silêncio durante todo o julgamento, mas as declarações da criança, de 7 anos, de quem terá abusado e as imagens comprometedoras apanhadas no telemóvel do suspeito, levaram a que este fosse condenado, no Tribunal de Coimbra, a 5 anos e meio de prisão. O homem, com uma ligeira deficiência mental, chegou a morar na casa da família da vítima onde praticou os crimes sexuais e filmou alguns deles. Guardou os ficheiros no telemóvel e as imagens foram utilizados contra o próprio. Os abusos sexuais começaram em 2018 e só terminaram o ano passado.
“Essa proximidade é o que gera a confiança que acaba por proporcionar ou facilitar a prática deste tipo de crimes. Continuo a dizer, que para um crime destes 5 anos e meio de prisão… Faz-me muita confusão a diferença que parece existir entre as penas por crimes contra o património e os crimes contra as pessoas, particularmente este crime hediondo”, explica Maria José Núncio.