Entre 2017 e 2021, cerca de 43 bebés foram abandonados em Portugal. Na origem destes atos de abandono estão, geralmente, associados casos de gravidez indesejada, surto psicótico, ausência de suporte familiar, consumo de drogas e pobreza.
“Se o Estado quer dar respostas sociais, tem que pensar em situações que são boas para crianças e que evitem que se cometam crimes. Os crimes acontecem, muitas vezes, em situações de desespero, porque as mães já não sabem o que fazer. Se o Estado der outro tipo de resposta, evita-se aqui situações limite de parte a parte. As crianças não vão sofrer e as mães têm aqui uma salvaguarda”, explica Miguel Santos Pereira.