Evaristo passou por várias profissões antes de descobrir o que gostava realmente de fazer. Foi canalizador, mecânico, trabalhou numa loja de roupas e de eletrodomésticos. Até descobrir que a sua verdadeira vocação era ajudar os outros.
Houve uma altura da sua vida em que confundiu isso com o sacerdócio, mas quando deflagrou um fogo no Seminário onde estava e ele ajudou a salvar os padres todos, teve outro chamamento: O de ser Bombeiro.
Esteve noutra corporação, antes de vir para Penafiel, mas não se deu bem, pois era vítima de Bullying por parte dos seus colegas e ninguém levava “o Padre” a sério. Fez terapia e foi aconselhado a reagir ao insulto, em vez de dar a outra face, por isso desenvolveu o estranho hábito de levar tudo a mal.
Apesar de o nosso grupo de bombeiros o acolher de braços abertos, ele vê insultos onde não existem. O facto de ter sido padre faz com que vejam nele uma espécie de ombro, a quem podem confessar tudo, mas esquecem-se de que Evaristo já não tem de guardar segredo das confissões que lhe fazem…