Um ano depois da partida de Maria João Abreu, Miguel Raposo recorda a mãe, o processo difícil do luto e tudo o que fez para tentar atenuar a dor do irmão. O filho mais velho de José Raposo revela que o processo de luto é muito importante ser feito, mas demorou a perceber a dimensão de tudo o que aconteceu.
“Estava com três ou quatro projetos quando tudo aconteceu e senti que me escondi um bocado atrás do trabalho e nós precisamos sempre desse tempo para nós. Acho que é fulcral termos o tempo para fazermos o luto, para chorarmos, para falarmos, para estarmos com as pessoas com quem sabemos que podemos falar. Com as pessoas que percebem que as palavras não são só palavras. E eu, no início, não tomei esse tempo”.