Após a partida do pai e de ter ficado sem irmão, Maria Emília Correia garante que teve de ser forte e aceitar os obstáculos duros da vida para poder seguir em frente.
“Quem sofre demais já não tem lágrimas. Se calhar isto tudo foi muito dramático. Só que, provavelmente, o sofrimento foi tanto mas foi diluído nas coisas que iam acontecendo. Como nos amávamos demais, todos estes problemas que vivi foram atenuados pelo afecto que tínhamos uns pelos outros. E eu sou uma pessoa que teve de andar para a frente também“.
A atriz também perdeu um filho motivado por vários problemas no parto.
“Tive 16 horas na sala de parto à espera de um médico. Não havia equipa médica e as parteiras fugiam. Ali esteve eu, sem tossir, nem mugir (…) Não é que eu seja conformada, mas há coisas que acontecem na nossa vida que se calhar têm de acontecer. (…) Durou meses, sempre internado no hospital. (…) Nunca o tive nos braços, ele esteve sempre ao meu lado”.