Filha de duas figuras maiores da representação – Fernanda Montenegro e Fernando Torres – cedo ganhou uma identidade artística que a levou a ser distinguida, logo aos 21 anos, com o prémio de melhor atriz em Cannes, pelo filme “Eu sei que vou te amar”. Há cinco anos arriscou a literatura e estreou-se no primeiro romance, “Fim”, sobre a vida e a morte de cinco velhos amigos cariocas. A crítica rendeu-se à sua escrita, o que a motivou a escrever o segundo, “A Glória e o seu Cortejo de Horrores”, sobre as desventuras de um ator de meia idade caído em desgraça. “Todo o livro é uma autobiografia. Não existe nenhum autor que não escreva a partir da sua visão”, revela Fernanda nesta conversa franca sobre o bom e o menos bom que ficou lá atrás e as maravilhas e descobertas da maturidade.
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Fernanda Torres: “Infância de filho de ator é deprimente. Os meus pais trabalhavam sábado e domingo”
Ela é uma das atrizes mais prestigiadas do Brasil, por cá tornou-se popular com a participação na série televisiva de humor “Os Normais”. Neste domingo, Fernanda Torres venceu o Globo de Ouro para Melhor Atriz em Drama, pelo papel em "I'm Still Here". Recuperamos hoje a conversa que teve com Bernardo Mendonça, em fevereiro de 2018
Episódios
Romeu Costa (parte 1): “Gosto de encontrar comicidade nas coisas e de pôr as pessoas a rir para não se levarem a sério. O humor energiza-me” Manuel Pureza (parte 1): “O amor é o novo punk. A frase não é minha, mas é assim. O amor, a alegria e a felicidade são mesmo o novo punk” Madalena Sá Fernandes (parte 2): “Quem cresce com a violência acredita ser uma forma de amor e procura relações parecidas. Aconteceu comigo” Madalena Sá Fernandes (parte 1): “Ainda existe essa força coletiva que trabalha para silenciar a violência sobre as mulheres” Rita Cabaço (parte 2): “Quando tenho intimidade com alguém gosto de provocar, de inventar coisas para criar um pinguinho na cueca” Rita Cabaço (parte 1): “Quando a piada é violenta e de mau gosto e achamos que passou uma espécie de limite, não nos rimos” Zeferino Coelho (parte 2): “Estamos a viver a cegueira branca de Saramago. A tragédia da História da Humanidade repete-se” Zeferino Coelho (parte 1): “Gostava de editar livros até morrer. Sobretudo gostava de não morrer” Sara Carinhas (parte 2): “Perante a loucura dos preços das casas em Lisboa, fui viver para o Ribatejo com a minha companheira” Sara Carinhas (parte 1): “Quando Pina Bausch me disse para sair do ambiente protegido, acabei por ir estudar para Nova Iorque”