Jovem, leve e fresco ou intenso, estruturado e complexo? Diferentes tipos de Vinho Verde harmonizam com pratos leves ou mais fortes, do marisco ao cabrito no forno. Para facilitar na hora de escolher o que vai servir, sugerimos harmonizações sedutoras que se prolongam por todos os momentos da refeição.
Cabrito
De tons claros, rosado e macio por dentro, tostado e crocante por fora, a cozedura lenta do cabrito no forno ajuda a conservar a desejada suculência. Envolto pelos sucos libertados da carne e da marinada, segundo dita a confeção tradicional, tem pouca gordura. Pelo sabor intenso que se acrescenta a estas caraterísticas, o cabrito, prato de e identidade muito própria, pede um Vinho Verde do estilo complexo e estruturado, com estágio em garrafa ou em barrica. Um vinho redondo e persistente, de cor dourada como a palha, da casta Alvarinho ou Avesso, com madeira ou com pelo menos cinco anos de garrafa.
Bacalhau
Rei incontestável da mesa natalícia, o bacalhau de cura tradicional casa com diferentes perfis vínicos consoante eleja uma das 1001 formas de o confecionar. Na sua versão natalícia mais clássica, simplesmente cozido, a lascar, regado de bom azeite que também cobre a batata e a couve, equilibra bem taninos e sal casando com um Vinho Verde branco encorpado e intenso, aromático com corpo elegante e aromas minerais, preferencialmente proveniente das casta Loureiro ou Arinto.
Polvo
Também no caso deste molusco comum à mesa do Natal é a confeção a ditar o perfil do Vinho Verde que melhor harmoniza. Se na sua família o hábito dita que seja cozido, e, por isso, mais subtil no sabor, escolha um Vinho Verde branco em que se destaque a estrutura e a frescura, da casta Avesso ou Azal. Caso tenham o costume de assar o polvo, sublinhando a maior intensidade do sabor deste fruto do mar, acompanhe-o com um vinho com estágio em barrica, capaz de equilibrar estrutura, aromas e sabores.
Um verde para cada momento
Facilmente os Vinhos Verdes acompanham um menu inteiro. Há célebres monocasta, como Alvarinho, Loureiro ou Avesso, provenientes de diferentes parcelas ou terroirs, vinhas novas ou velhas, com estágio em barrica ou de colheitas antigas; há Vinhos Verdes para cozinha tradicional, para pratos elaborados de cozinha de autor, para comida indiana e asiática, para a intensidade dos sabores e picantes da América Latina, e muito mais. A enorme diversidade favorece diferentes potenciais de harmonização, fazendo dos Vinhos Verdes uma boa escolha em qualquer estação do ano.
Quantas vezes já lhe perguntaram se prefere verde ou maduro? A distinção, enraizada, não faz qualquer sentido, já que as uvas são colhidas no seu perfeito estado de maturação. A designação de Vinho Verde refere-se exclusivamente ao facto de advir da Região Demarcada dos Vinhos Verdes, demarcada em 1908, e em nada se relaciona com o estado de maturação da uva ou do facto de a fruta ser colhida ainda verde. Nesta que é a maior região demarcada do país em extensão nascem vinhos únicos e diversificados, que se adequam às mais diversas harmonizações, à mesa e fora dela. Brancos, tintos, rosados, espumantes e aguardentes liga bem com diferentes momentos da refeição e fora dela.
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